Na brisa suave, a vida dança leve,
Qual folha ao vento, sem rumo, sem prece.
Nas cores do crepúsculo, a esperança se tece,
Em fios dourados, a paz breve.
Sob o céu vasto, o coração percebe
Que a leveza mora no simples, onde floresce.
Entre risos e sussurros, a alma aquece,
Na beleza do efêmero, a vida enaltece.
No rio sereno, a corrente desliza,
Levando as mágoas, deixando a brisa.
A vida, como a água, pura e precisa,
Ensina que a leveza é a mais sábia divisa.
Assim, no sutil bailar das horas,
A vida se mostra, em cores e auroras.
Na leveza do ser, onde a alma mora,
A vida flui, suave, e então encanta e embora.
Rute Mendes