Sim, sou autista, e carrego esse título com orgulho. Em cada faceta do meu ser, vejo as cores vibrantes da singularidade, pintando o mundo com pinceladas de percepção única e profunda sensibilidade.
Minha jornada pode ser diferente, marcada por desafios que moldam, mas não definem quem sou. Aprendi a navegar em mares turbulentos, encontrando meu próprio caminho, criando um mapa que é exclusivamente meu, repleto de descobertas, aprendizados e alegrias singulares.
Ser autista é abraçar uma maneira distinta de ver o mundo, repleta de detalhes que muitos podem não perceber, mas que enriquecem cada momento com significado e beleza. É encontrar alegria nas pequenas coisas, nos padrões da natureza, nas melodias da vida diária, que compõem a sinfonia da minha existência.
Sim, sou autista, e isso me dá uma força imensa. Uma força para ser eu mesmo em um mundo que muitas vezes valoriza a conformidade acima da autenticidade. Uma força para amar profundamente, pensar criticamente e contribuir com perspectivas únicas que só eu posso oferecer.
Tenho orgulho de ser quem sou, de fazer parte de uma comunidade diversificada e resiliente. Juntos, celebramos a neurodiversidade, defendendo um mundo onde cada mente é valorizada, cada voz é ouvida, e cada pessoa é reconhecida pelo belo espectro de cores que traz para o mosaico da humanidade.
Sim, sou autista. E com esse reconhecimento, abraço meu lugar no mundo, não apenas sonhando com a aceitação, mas trabalhando ativamente para torná-la realidade. Porque, no fim das contas, nossa diversidade é nossa maior força, e minha voz, minha história, contribui para essa poderosa corrente de mudança.
Rute Mendes
